terça-feira, 17 de setembro de 2013




Se existe uma banda que sempre foi sincera e honesta na cena Hc/grind, esta banda foi o NOISE, pois eles conseguiram unir dentro da cena a amizade e atitude, numa postura de resistência à tudo que impede de fazer aquilo que realmente gosta, que é um sentimento underground pela cena.
Levar uma banda e fazer parte de uma cena, onde todos os recursos de seus projetos têm que sair do seu próprio sustento, é algo que poucos aceitam e praticam não que isso seja uma obrigação por se tratar de grind, mas é ai que se vê uma postura ideológica e qual a causa que o grind surgiu que é resistir aos dogmas e o sistema, e não deixar que os mesmos se infiltrem dentro da cena.
Então meus amigos, aí esta o Mauricio falando um pouco do NOISE para vocês.



1 – Fala ai Mauricio.....fale  para nós como foi esse retorno do Noise depois de algum tempo parados, como rolou as idéias para voltar na ativa?

                                                   Mauricio
Mauricio - Primeiro obrigado pela oportunidade Leonardo, sempre ativo e underground!!!!! O NOISE, diga-se de passagem, estava hibernando, a banda deu um tempo, pois não estávamos conseguindo ensaiar, cada um de nós com alguns rumos que não foi possível manter a mesma ativa. Só por manter não é a proposta do NOISE . Nunca deixamos de se falar e/ou conviver, não brigamos, não deixamos o movimento underground, e nesse período trocamos materiais, etc...  A volta sempre foi cotada, mas eu acredito que o evento de Perus em 2012 foi o empurrão fundamental para que o retorno acontecesse (Não tinha como ficar de fora desse evento).  Desde então estamos conseguindo ensaiar um pouco e tentando criar novos projetos para banda.

2- Vocês sentiram alguma diferença, tanto na convivência entre vocês, como levar a banda, ensaiar, e atualmente é mais fácil ter um equipamento de boa qualidade?

Mauricio - A convivência já existia, é lógico que fortalece mais, mas hoje é muito mais fácil criar e manter uma banda, do que antigamente, sem dúvida. O acesso é mais fácil e a qualidade andou junto. Apesar de mantermos quase 100% dos nossos equipamentos do início até hoje. (se for muito bom estraga, rsrsrsrs )

3 – Fiquei sabendo que vocês vão lançar um split ’10 por uma distro do Japão, como foi o contato com essa distro, vocês usaram alguma gravação das demos ou será de sons inéditos?

                                                Casella
Mauricio - O Casella corresponde ( na verdade a distro é dos E.U.A.)  e após o convite para participar achamos interessante e oportuno, pois ainda não tínhamos um 10” em vinil. A banda Sete Star Sept(Japão) faz um ruído nervoso e isso também nos ajudou  a decidir. Sobre a gravação, utilizamos uma bem tosca mesmo, você deve se lembrar bem da mesma, pois editamos uma parte do Split tape com Mayhem Decay Cudgel ao vivo no bar do Bolacha... 

4 – Como foi a gig La em Peruz/SP, encontrar pessoas e bandas de varias localidades, e também o pessoal das antigas?

Mauricio - Bem, numa analogia rápida, comparo um pouco com o festival de Limeira em 92, fez história. Para NOISE foi outro marco, pois voltamos na ativa após esse som. As bandas, organização o local e o pessoal que foi prestigiar o mesmo, só tenho a rasgar elogios. Nenhuma treta e o reencontro com pessoas que não víamos a um bom tempo...  É bom saber que o nosso underground resiste e essas atitudes só contribuem para que ele se fortaleça.

5 – Você acha que a gigs atualmente estão mais bem organizadas, tanto no local como também no equipamento, em comparação as gigs da década de 90?

Mauricio - Depende muito do estilo, acho que para o NOISECORE, continuamos na precariedade/atitude, para outros estilos sinto uma melhora sim tanto em estrutura quanto na organização. Hoje tem maior abertura para lances alternativos, antigamente era bem mais restrito.

6 – Você lembra como foi seu primeiro contato com o Casela, e com o Luisinho ai em São Carlos/Sp, vocês eram undergrounds na época?

Mauricio - Não me lembro de uma data específica, comecei a freqüentar o ponto onde colava os metais por volta de 85, lá colava a galera underground da época, eu andava mais com o pessoal da minha vila .... Nesse convívio fomos fortalecendo a amizade e como o gosto sonoro era comum, a convivência foi conseqüência... Tenho-os como irmão de sangue, o NOISE, pode afirmar que foi fruto dessa verdadeira amizade, nunca terá outro integrante na banda NOISE, pois o NOISE é o Mauricio o Casella e o Luizinho, sempre!
Luisinho/Casella/Mauricio

7 – Como iniciou o Noise, e vocês são uma das poucas bandas que nunca mexeram na formação, e também nunca mudou a linha grind/noise de tocar, como é levar uma banda assim tanto tempo sem mexer na formação e no estilo de tocar?

Mauricio - Conforme escrito na resposta anterior, sempre andávamos  juntos e a idéia de uma banda era latente. O Cassiano ( Morbideath/Industrial Holocaust... ) colava direto em São Carlos e sempre colocava pilha pra gente montar uma banda, quando organizamos o som de lançamento do LP  no interior em 1.990 do Genocídio ( Depression ) em São Carlos com o Extermínio Brutal, Infernal Noise, Morbideath , GOP,Hellside... Acho que aflorou de vez esse sentimento e resolvemos comprar os instrumentos e fazer algo para gente, uma banda fudida ....   Nasce o NOISE...

8 – Em 1997 vocês lançaram a coletânea Lp “Edge of painfull sensation”, amigos da cena até hoje (2013)procuram por uma cópia, que se tornou um material muito raro na cena, vocês já pensaram em lançar uma nova edição dessa coletânea, tipo volume II, ou até mesmo reeditar esse material? Como vocês se sentem hoje, depois de 15 anos, a sensação de ter lançando a “Edge..”?

Mauricio - Pensamos em gravar novamente nossos sons, pois a gravação não ficou do jeito que era para ficar, a idéia do LP era de realizar um sonho de ter bandas amigas, undergrounds e que compartilhavam a idéia de não vender e sim trocar materiais, para mim foi um marco e se num futuro próximo sair a Edge II, tenho certeza que essas premissas terão que ser levadas em consideração. O sentimento de ver esse lançamento é muito prazeroso.

9 – Em 1993 vocês lançaram junto com o Industrial holocaust um split Ep, o mesmo foi passado de mão em mão para os camaradas, e também através de trocas, como foi lançar aquele material numa época que tudo era caro e difícil?

Mauricio - Na verdade o 7ep foi lançado em 1.992, à idéia foi se fortalecendo e acontecendo naturalmente, conseguimos contatos e fomos guardando grana, buscando recursos até ter esse sonho realizado. Contamos com a ajuda de muitos amigos e força de vontade, pois a proposta do ep era de trocar o material com pessoas que realmente estivessem ligadas a cena.

10 – Muitos camaradas da cena hoje perguntam daquela postura nos anos 90, de bandas que não vendem seus materiais, hoje você percebe que isso foi bom para cena?

Mauricio - Acredito que sim, não tivemos essa postura para ser conhecido e sim por acreditar nela. Nunca vendemos qualquer material nosso, a troca é muito bem vinda.

11 – Além de vocês do Noise em São Carlos/Sp, também tem o Confusion, como é a convivência de vocês com eles, podemos aguardar um split Ep de vocês futuramente, como esta a cena Hc/grind em São Carlos/Sp hoje?

Mauricio - Bem, o Gordo aparece às vezes, o Marquinho vejo mais nos sons e alguns churras o Sergião vejo com maior freqüência, sempre que  dá certo nos reunimos para trocar idéias e chapar um pouco..  Sobre a cena, acho que somos um pouco fechados, a mesma galera praticamente, mas na cidade tem várias bandas e sempre esta rolando algo.

12 – Além do Noise, o que vocês fazem da vida, trabalham, estudam, leva o cachorro para passear, empinam pipas (???), vocês ainda vão no Chic ponto comer o X-isquisito?

Mauricio - Trabalhamos os três, eu na Cia. de Bebidas Ipiranga, o Luizinho no SAAE e o Casella na Ufscar, empinamos pipas sim, rsrsrsrsrsrs. O Chic ponto não existe mais, porém temos outros lanches que mantém a tradição. Essa época era massa...

13 – Que bandas você tem ouvido ultimamente, não precisa mencionar as bandas das antigas, gostaria que você mencionasse as bandas atuais, mais ou menos 2005 para cá?

Mauricio - Sete Star Sept, kurwa Aparata, Life in Exile, Bixera, Maithungh, Necrocannibalist Vomitorium, Lotus Fucker, S.M.G., Shitnose, Glavio, Viimeinen Kolonna, Black Star Rising, Bamn, HelvetinViemärit, entre outras,acredito...

14 – Agora espaço aberto para você falar o que quiser.

Mauricio - Primeiramente agradeço a oportunidade a todos que curtem nosso som, ou não, mas que contribuem para a cena underground, continuamos os mesmos de sempre, esperamos que o movimento barulho resista e perpetue... Grande abraço a você e aos que estão lendo sua entrevista. Barulho ANTI-GAINS!!!! Valeu!

Dt 1992 "The three powers"

 Mauricio
Rua Quintino Bocaiúva 524
São Carlos/SP        CEP – 13574-077
Brazil

Casella 
   
                                                                                         



                                         

Mauricio e Luisinho
                                                                                        

domingo, 17 de fevereiro de 2013

The Gerogerigegege



The Gerogerigegege

O texto e a discografia da banda foi tirada do site da wikipedia, não acrescentei e nem tirei nada, mas posso dizer que essa banda é uma das mais representativas do noisecore e do industrial harshnoise, quem tem o som deles sabe disso, quem tinha alguma duvida, ou queria saber algo deles, aqui tem uma ótima oportunidade, então aí está o total anti-musica e anti-social, 
 The Gerogerigegege.

 

The Gerogerigegege é um projeto musical criado em 1985 em Tóquio por Juntaro Yamanouchi (de chapéu e óculos escuros), que administra e mantém o selo Vis a Vis no Japão. O nome do grupo combina as palavras em Japonês para vômito (gero) e diarréia (geri) com o que deveria ser o som dos dois atos acontecendo simultaneamente (gegege). Também foi interpretado como "vômito, diarréia, ha ha ha", embora "ge" também seja usado como um som onomatopáico de nojo e irritação, possibilitando ainda mais interpretações. Para descrever a banda, Yamanouchi usa o termo "Japanese Ultra Shit Band", em português algo como "Banda de merda total japonesa".
Apesar de serem frequentemente categorizados como música noise pesada, junto a artistas como Merzbow e Masonna, The Gerogerigegege já lançou álbuns que podem ser classificados como rock'n'roll (Sexual Behaviour in the Human Male), noise (45 RPM Performance), e música ambiente (None Friendly, Endless Humiliation), além de vários outros misturando esses estilos com gravações existentes. O grupo é bastante lembrado pelo seu álbum Tokyo Anal Dynamite, de 1990, que consiste em 75 músicas, todas com menos de 1 minuto de duração, que serve como uma fusão de Ramones com Naked City, projeto músical de John Zorn.
Yamanouchi é homossexual e cross-dresser, o que não é incomum no mundo da música japonesa experimental, e além dele, o membro mais regular e conhecido da banda é Gero 30, que conheceu em um clube S&M, um exibicionista que costumava se masturbar durante os shows. Masturbação é chamada de "senzuri" (千擦り; literalmente "mil esfregadas") no Japão, e se tornou a marca registrada da banda.
The Gerogerigegege também é conhecido por lançar edições extremamente limitadas, como Shōwa de 1989, que mistura uma gravação de pessoas fazendo sexo com Kimi Ga Yo, o hino nacional japonês, e o EP Night, que, depois do típico "1, 2, 3, 4", apresenta o que parece ser a gravação de alguém defecando. O álbum Recollections Of Primary Masturbation contém 338 músicas, incluindo o álbum Tokyo Anal Dynamite em uma faixa, e dez minutos em outras duas contendo 223 músicas novas. Eles também lançaram alguns álbuns não músicais e conceituais como o this is a shaking box music part 2, que é uma cópia cassete destruída do EP Mother Fellatio. Conceitos igualmente excêntricos estão presentes em todo o catálogo da banda, e frequentemente, quanto mais ridículo é o tema ou a embalagem do CD, mais procurado ele é pelos fãs da banda. Cópias de algumas gravações são comercializadas por milhares de dólares.











Álbuns
  • THE GERO-P – Studio And Live (1985)
  • Senzuri Champion (1987)
  • 昭和 [Shōwa] (1988)
  • Tokyo Anal Dynamite (1990)
  • Live Greatest Hits (1991)
  • Senzuri Power Up (1991)
  • 45RPM Performance (1992)
  • Hotel Ultra (1993)
  • Nothing to Hear, Nothing to... 1985 (1993)
  • Endless Humiliation (1994)
  • Instruments Disorder (1994)
  • SINGLES 1985-1993 (1994)
  • Mort Douce Live (1996)
  • Recollections Of Primary Masturbation (1998)
  • Hell Driver (1999)
  • None Friendly (1999)
  • RRRecycled Music (~1999)
  • Saturday Night Big Cock Salaryman (2001)
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